O governo do Estado anunciou, esta semana, as licitações para a contratação das empresas que executarão as obras de urbanização do Rio Maranguapinho. Os trabalhos dividem-se em quatro pontos: entre as avenidas Mister Hull e Senador Fernandes Távora; da Senador Fernandes Távora à Osório de Paiva; da Osório de Paiva à Jardim Fluminense e deste ponto ao 4º Anel Viário, em Maracanaú.Ao todo, serão investidos R$ 60.786.548,98, sendo mais de R$ 27 milhões somente para a urbanização do sistema viário no contorno do trecho do Maranguapinho que vai da Avenida Senador Fernandes Távora à Avenida Osório de Paiva. O objetivo é acabar com os danos causados, principalmente nos períodos de chuva, às famílias ribeirinhas, vulneráveis a inundações e alagamentos.As obras serão coordenadas pela Secretaria das Cidades e já foram antecedidas por outras obras de infra-estrutura, hoje em execução: como a construção de uma barragem, com a finalidade de conter as cheias, e de moradias para 9.422 famílias, que residem em áreas consideradas de risco.De acordo com o secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, essa é uma obra que poderia ter sido empreendida há mais tempo, mas somente agora pôde ser viabilizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).As obras de urbanização são consideradas vitais para as comunidades residentes desde os limites de Fortaleza com Caucaia, como o Conjunto São Miguel, até os limites da Capital com Maracanaú.De Maracanaú até Caucaia, por onde passa o Maranguapinho, a imagem mais forte é da degradação ambiental. As matas ciliares praticamente foram devastadas em sua totalidade. O lixo toma conta de todo o entorno dos trechos localizados no Jardim Fluminense, Parque Genibaú, Bom Jardim, Ilha Dourada e Parque São Miguel.Para o morador José Rodrigues Barreto Neto, 34 anos, residente no Bom Jardim, as obras deveriam ter chegado antes do inverno deste a no. Com a intensidade das chuvas, ele tem lembranças dos graves transtornos vividos pela comunidade, que tiveram as casas alagadas e muitos casebres desmontados. "O que considero mais grave é o desprezo do poder público a esse riacho. Ao contrário do Cocó, foi o mais sacrificado pela ação humana, principalmente dos próprios moradores", destaca ele, que participou das reuniões de lideranças comunitárias com a Defesa Civil do Município.
Fonte: Diário do Nordeste
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